SPTC completa 25 anos e consolida posição de destaque na América Latina


Superintendência da Polícia Técnico-Científica de São Paulo completa 25 anos no próximo dia 9 com a marca de ser considerada a maior Polícia Científica de Estado da América Latina. Desde a sua fundação, a instituição se firmou como um braço fundamental da Justiça, coletando provas, analisando cenas de crimes e produzindo laudos imparciais para embasar os inquéritos policiais e processos criminais no estado.

Pautado pela ciência, o trabalho desses policiais consiste em analisar locais de crimes, processar vestígios e emitir laudos que são essenciais para o devido processo legal. Reconhecida nacionalmente como uma polícia de excelência, todos os anos, a SPTC emite, aproximadamente, 1,5 milhão de laudos, entre Instituto de Criminalística (IC) e Instituto Médico Legal (IML). “São mais de 3 milhões de peças de local de crime examinadas por ano. O volume de trabalho da SPTC é o maior do Brasil”, observa o presidente do Sindicato dos Peritos Criminais do Estado de São Paulo (SINPCRESP), Eduardo Becker.

Esse montante de trabalho é produzido por uma equipe de, aproximadamente, 1.450 peritos criminais e 455 médicos legistas. De acordo com Becker, o grande desafio da SPTC é consolidar de vez a sua independência, conquistando a autonomia necessária para gerenciar seus servidores. “Em 1998, São Paulo foi o 6º estado a desvincular a Polícia Técnico-Científica. Hoje, 20 estados já conquistaram a autonomia, mas, em SP, a Polícia Civil ainda cuida do ingresso, evolução funcional e aposentadoria dos policiais científicos”, comenta o presidente do SINPCRESP.

Hoje quem realiza os concursos para os servidores da SPTC e faz o treinamento é a Polícia Civil. “Precisamos ter não só a Academia da Polícia Científica, para treinar nossos policiais técnicos conforme as particularidades da função, como também ter uma corregedoria própria. Só assim seremos, de fato, independentes. E essa independência é indispensável para que a instituição não sofra qualquer tipo de interferência”, completa.

Novas armas contra a impunidade
Com o passar dos anos e a evolução tecnológica, os policiais científicos passaram a contar com ferramentas que permitiram elucidar crimes fadados ao esquecimento. É o caso, por exemplo, do Banco Nacional de Perfis Genéticos, que tem cerca de 150 mil amostras de DNA. São Paulo responde pela coleta de 14,4% de todas as amostras. “Amostras de DNA são uma importante ferramenta para elucidar crimes. “Em todo Brasil, essa tecnologia ajudou a esclarecer 3.400 investigações criminais e a identificar 50 pessoas desaparecidas.

Compartilhe: