SINPCRESP vistoria unidades de perícia em cidades da região de Bauru
O Sindicado dos Peritos Criminais do Estado de São Paulo (SINPCRESP) intensifica, nesta semana, as visitas técnicas a unidades da Polícia Técnico-Científica pra avaliar as instalações e as condições de trabalho dos peritos criminais do Estado. Entre terça e sexta-feira desta semana serão vistoriadas as unidades de Jaú, Lins e Bauru. “Essas visitas servem para avaliar a situação em que se encontra cada uma das unidades do estado e, com isso, pleitear melhores condições de trabalho para os servidores”, avalia Becker.
O déficit de servidores na Polícia Técnico-Científica é um problema grave que vem comprometendo a maior agilidade no atendimento das ocorrências, consequentemente há atraso na emissão de laudos do Instituto de Criminalística e submetendo os servidores a jornadas estafantes. As unidades visitadas nesta semana sofrem esse problema.
Na terça-feira (02/07), o presidente do sindicato, Eduardo Becker, vai até a Equipe de Perícias Criminais (EPC) de Jaú, que faz uma média de 5 mil atendimentos por ano e é responsável por uma região que engloba 10 municípios. A unidade conta com 15 peritos e 7 fotógrafos e precisa de mais 5 fotógrafos para operar de forma a atender toda a demanda.
Na quinta-feira (04/07), o sindicato visita a Equipe de Perícias Criminais (EPC) de Lins. A EPC realiza uma média de 4.500 atendimentos por ano em 10 cidades e opera com 9 peritos e 4 fotógrafos. Há um deficit de 55% do número de peritos e de 200% no número de fotógrafos. “A região apresenta uma questão importante a ser considerada, que é a grande área de abrangência e um expressivo número de perícias na zona rural, o que aumenta em muito o tempo de deslocamento e atendimento”, explica Becker.
Na sexta-feira (05/07) o SINPCRESP visita o Núcleo de Perícias Criminalísticas (NPC) de Bauru, cuja área de abrangência engloba 19 municípios, com uma média de 13 mil atendimentos ao ano. O NPC de Bauru, por exemplo, tem 25 peritos criminais e 14 fotógrafos. Para que funcione adequadamente, é preciso contratar 8 fotógrafos e 10 peritos. “O deficit nessa unidade equivale a 40% do número de peritos e a 57% do número de fotógrafos. E já temos um concurso com aprovados à espera de nomeação. A falta de servidores da Polícia Técnico-Científica compromete diretamente a qualidade do trabalho prestado à sociedade. A contratação de efetivo agiliza a emissão de laudos e a realização de perícias, que têm impacto direto na resolução de crimes”, afirma Becker.