SINPCRESP segue na luta por reposição salarial digna
Logo no dia 4 de janeiro, o governador Geraldo Alckmin aplicou um duro golpe ao funcionalismo público. Em seu último ano de gestão, ele apresentou o primeiro projeto de lei do ano, de número 01. A iniciativa apresenta a proposta de reajustes salarial para o funcionalismo público do estado. O texto é inaceitável.
Em primeiro lugar, a reposição é pífia, apesar de a própria Fazenda do estado demonstrar a viabilidade de se aplicar um índice maior que o oferecido, sem colocar em risco as contas do governo. Estudo realizado pela SEFAZ indica um aumento de R$ 10,9 bi no orçamento de 2018, em relação ao de 2017.
Com o aumento da arrecadação, é possível chegar a um índice de 12% linear a todos os servidores públicos do Estado. Ainda assim, o governo oferece, no máximo, 7%, e apenas para algumas carreiras.
Outro absurdo do projeto é o fato de estabelecer cotas diferentes para as carreiras do funcionalismo público: 7% para os professores, 4% para as carreiras policiais e 3,5% para as demais carreiras do funcionalismo público estadual.
O Sindicato dos Peritos Criminais do Estado de São Paulo (SINPCRESP) não compactua com tamanho descaso. Pleiteia um índice de reposição salarial de 7% linear a todos os servidores, o que permite ainda que o Estado mantenha seus investimentos atuais e ainda tenha margem para novos investimentos.
A reivindicação foi apresentada pessoalmente por Eduardo Becker, o presidente do SINPCRESP, no último dia 27 de fevereiro, quando, pela segunda vez, ele participou de uma manifestação na Assembleia Legislativa.
Becker e representantes de outras entidades de classe, sob a coordenação do presidente Lineu Mazano, da Federação dos Sindicatos dos Servidores Públicos do Estado de São Paulo (FESSP-ESP), participaram de reunião com os líderes de diversos partidos. Aproveitaram a oportunidade para explicar que o pedido de índice de reposição salarial linear de 7% é totalmente factível de ser atendido.