SINPCRESP participa de ato cobrando a valorização das carreiras policiais
Representantes do Sindicato dos Peritos Criminais do Estado de São Paulo (SINPCRESP) participaram, na tarde desta segunda-feira (4/11), de um protesto que reuniu milhares de policiais técnico-científicos, civis, militares e agentes de segurança penitenciária contra o reajuste de 5% anunciado pelo governador João Doria na semana passada.
Pela primeira vez na história de São Paulo, as forças de segurança do Estado se uniram em um ato reivindicando melhores salários e condições de trabalho. Cada uma das categorias se concentrou em pontos distintos do Centro (em frente à Delegacia Geral de Polícia, da Secretaria de Administração Penitenciária e do Comando Geral da PM) e depois saíram em passeata até a sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP).
A manifestação, que contou com a presença de vários parlamentares que atuam em defesa da segurança pública e de entidades representativas dos policiais, cobrou medidas efetivas de valorização dos servidores do setor. “Esse ato de hoje é para cobrar investimentos em infraestrutura de prédios, armamentos, equipamentos e viatura para poder ofertar o melhor atendimento à população”, explica o presidente do SINPCRESP, Eduardo Becker.
A manifestação, que transcorreu de forma organizada e pacífica, cobrou que o governador João Doria cumpra sua promessa de campanha e valorize, de fato, a categoria. Quando concorria à vaga de chefe do Executivo paulista, Doria prometeu que os policiais paulistas teriam os melhores salários do Brasil.
Após anos de sucateamento e de falta de investimentos, os policiais técnico-científico amargam uma desvalorização salarial de mais de 50%. “Após anos sem recomposição, as perdas somam mais de 50% do poder de compra. Ano que vem esse deficit vai piorar ainda mais. O que buscamos aqui é o reconhecimento do servidor da segurança pública”, afirmou Becker.
Durante o ato, Becker ressaltou que muitos policiais estão sobrecarregados pela falta de efetivo e que, diante dos baixíssimos salários, têm que partir para uma segunda jornada para dar condições dignas à sua família. “Antes de tudo, o policial é um ser humano, é um cidadão como outro qualquer, com a diferença que ele se dedica a proteger a população”, afirmou o presidente do SINPCRESP.