Promotor destaca trabalho da perícia para elucidar morte de ambientalista


Promotor de Justiça destacou a relevância do trabalho da Polícia Científica após condenação de Mauricius da Silva a 19 anos e 2 meses de prisão pelo assassinato do professor de história e líder ambiental Adolfo Souza Duarte, o Ferrugem. Mauricius foi condenado por homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil, emprego de asfixia e recurso que impediu a defesa da vítima, além de ocultação de cadáver, no último dia 19. O segundo acusado pelo assassinato, Vithorio Alax Silva Santos, deve ser julgado em 2025.

Ferrugem levou quatro jovens para passear de barco no dia 1º de agosto na represa Billings. Durante o passeio, Vithorio teria atacado o ambientalista por ciúmes e jogado o corpo na represa. Até 7 de setembro, no entanto, todos os jovens contavam a mesma versão: o ambientalista havia caído do barco com uma das jovens após um “tranco” na embarcação. No entanto, o laudo do Instituto de Criminalística mostrou que Ferrugem morreu por asfixia e não por afogamento.

Após participar da reconstituição do crime, Mauricius prestou novo depoimento e disse que o amigo Vithorio teria atacado a vítima por ciúme.

Trabalho de excelência
Após a condenação, o promotor Walfredo Cunha Campos destacou a importância da perícia criminal para a elucidação do caso e a condenação dos acusados. “O trabalho da polícia foi esplêndido, sobretudo o da Polícia Científica, que anexou diversos laudos que fizeram desmoronar a versão de negativa da autoria do acusado Mauricius”.

Durante o julgamento, a legista responsável pelo caso prestou depoimento e confirmou que a morte ocorreu por asfixia mecânica e que havia lesões no pescoço da vítima. O perito criminal que analisou o barco também depôs e afirmou que o tranco do barco - que foi usado pelos suspeitos para justificar o acidente - só seria possível se houvesse uma aceleração do veículo.

Ainda de acordo com a perícia, um simples toque equivocado no manete do veículo, que os réus alegaram que Vithorio teria feito sem intenção, não ocasionaria o acidente.

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