Problemas orçamentários atingem diretamente as Polícias Civil e Científica
O Sindicato dos Peritos Criminais do Estado de São Paulo repudia as falas recentes do governador do Estado de São Paulo Geraldo Alckmin e informa que o sucateamento das Polícias Civil e Científica está trazendo prejuízos à segurança da população como um todo. “As questões orçamentárias atingem sim a Polícia do Estado de São Paulo, e frontalmente a Polícia Científica”, diz Eduardo Becker, presidente e porta-voz do Sinpcresp, entidade diariamente na luta pelos direitos dos peritos criminais. As vacâncias não preenchidas desde 2013 e a falta de reposição salarial em período superior à 3 anos são fatos que corroboram as palavras de Becker.
De acordo com o governador Geraldo Alckmin, não existem problemas orçamentários em relação às Polícias do Estado. Porém, se não existem essas questões, onde está o dinheiro? Temos 250 vagas a serem preenchidas em concurso lançado em 2013, e até agora os nomeados não foram empossados. A reposição salarial, atrasada há vários anos, também não é feita, e as unidades do Instituto de Criminalística previstas desde 1998 ainda não foram abertas. Estes são apenas alguns fatos que mostram que, se não existem problemas de orçamento, existem sim problemas de gestão, que não consegue a distribuição dos valores para todos os setores da Polícia do Estado.
Porém, há mais uma questão. Geraldo Alckmin vai gastar R$ 33 milhões para fazer textos e transmissões ao vivo para redes sociais. E, sempre que questionado a respeito da falta de investimentos em infraestrutura e reposição salarial para a polícia e os peritos criminais, o governador de São Paulo cita a crise e alega que o Estado não tem recursos.
Continua o sucateamento da segurança pública. Delegacias estudam reduzir o horário de expediente, peritos criminais não recebem o reajuste salarial a que têm direito e ainda fazem jornadas mais longas que as previstas pela legislação, pela simples falta de efetivo.
Mais uma vez a SINPCRESP se posiciona apartidária e cobra pelo respeito à categoria de seus representados, e pergunta: Se não há crise financeira, onde está o dinheiro?