Polícia identifica perfis que compartilharam fotos da autópsia de Marília Mendonça
A Polícia Civil de Minas Gerais está rastreando e identificando perfis nas redes sociais que compartilharam fotos do laudo de necropsia da cantora Marília Mendonça. Paralelamente, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) já identificou administradores de perfis que divulgaram fotos e vídeos de corpos de outros artistas, entre eles, o da cantora. As duas polícias estão em contato para descobrir se há vínculo entre casos investigados.
Na segunda-feira, um jovem de 22 anos foi preso por compartilhar imagens de artistas mortos. O compartilhamento dessas imagens provocou forte reação de amigos, fãs e da família da cantora.
A Corregedoria da Polícia Civil de Minas apura a origem do vazamento do laudo da necropsia da cantora. Os servidores responsáveis pelo vazamento podem ser punidos com afastamento ou até mesmo a demissão.
Perícias
O presidente do SINPCRESP, Eduardo Becker, explica que todo e qualquer ato cometido no mundo virtual deixa tantos rastros quanto atos cometidos no mundo físico. “Ninguém está anônimo atrás de uma tela de celular ou de computador. Para cada IP fica vinculado um dispositivo que permite a rastreabilidade. As pessoas precisam entender, de uma vez por todas, que a lei se aplica a todos os crimes cometidos também no meio virtual”, afirma.
O trabalho de peritos criminais especializados em crimes cibernéticos é fundamental para a elucidação de crimes cometidos por meio da rede mundial de computadores. "O investimento em tecnologia e treinamentos é indispensável para que a Polícia Técnico-Científica tenha ferramentas adequadas para identificar criminosos e solucionar crimes que, cada vez mais, são cometidos por meio de dispositivos eletrônicos, na internet e nas redes sociais", explica Becker.