Peritos criminais fazem palestra sobre a Polícia Científica para estudantes do Ensino Fundamental


Peritos criminais do Instituto de Criminalística e do Sindicato dos Peritos Criminais do Estado de São Paulo (SINCPCRESP) deram uma palestra a alunos do 8º e 9º anos da Escola Estadual Flávia Vizibeli Pirro, no Parque Jabaquara, em São Paulo, sobre a Polícia Científica.

O perito Daniel Borges, da Equipe de Perícias Criminalísticas da área Sul, e o perito criminal Ivan Ribeiro Candeias, do SINPCRESP, explicaram a um grupo de aproximadamente 30 estudantes como funciona o trabalho dos peritos criminais em suas mais diversas áreas de atuação.

Desde 2022 a perícia criminal é uma das disciplinas eletivas que os estudantes do Ensino Médio podem escolher dentro do chamado Novo Ensino Médio. Segundo os peritos, o ensino sobre a perícia criminal e as ciências forenses é importante para que os jovens entendam como funciona e qual a importância da Polícia Científica para o processo criminal e judiciário. “A maior parte dos crimes investigados no Brasil só é esclarecida por meio da perícia criminal. O trabalho dos peritos fornece provas materiais sobre o crime e sua autoria, é indispensável para que a Justiça seja feita”, afirma Candeias.

O perito Daniel Borges explicou, durante a palestra, como é o trabalho de campo dos profissionais do IC e exemplificou como a ciência é usada para esclarecer todos os tipos de crime. “O perito criminal é o profissional que usa o conhecimento científico das mais diversas áreas para elucidar crimes. É uma tarefa que anda de mãos dadas com a ciência, por isso, quem pretende entrar para a Polícia Científica deve estudar muito, principalmente as áreas de conhecimento das ciências exatas, biológicas e da computação”, explica.

Durante a palestra, Candeias mostrou casos de repercussão que foram elucidados com a perícia criminal, como o do Maníaco do Parque, condenado pelo homicídio de 10 mulheres e que foi descoberto graças à análise de uma mordida que ele deu em uma das vítimas. Outro caso citado durante a palestra foi o do homicídio da advogada Mércia Nakashima, elucidado graças à perícia que apontou a presença de uma alga específica de represas no sapato do suspeito de cometer o crime. “Nós vimos hoje aqui vários exemplos de coisas que, para a maioria das pessoas, não estariam ligadas a um crime, mas que podem ajudar no esclarecimento dele. A alga encontrada no sapato, o pólen de abelha encontrado na roupa do suspeito e a análise da arcada dentária permitiram apontar a autoria dos crimes e permitiram que a Justiça fosse feita”, resume o perito do SINPCRESP.

Curiosidade
O ponto alto do encontro com os estudantes ocorreu quando os profissionais revelaram o que existe dentro das maletas que os peritos criminais levam para analisar os locais de crime. “Contamos com a ajuda de uma série de equipamentos que auxiliam no descobrimento de vestígios, impressões digitais e materiais biológicos, como sangue e sêmen, além de instrumentos que auxiliam na sinalização de evidências, medições e análise de um local”, comenta Daniel.

 

 

Compartilhe: