Laboratórios de toxicologia desvendam crimes e identificam novas drogas
Os casos do menino Henry Borel e do MC Kevin evidenciaram a importância do trabalho toxicológico da perícia para a resolução de crimes. Com a coleta de amostras biológicas é possível descobrir se a pessoa utilizou álcool, drogas, medicamentos ou ainda se ingeriu veneno. A coleta de sangue ou urina é capaz de desvendar se houve o consumo de substâncias em pessoas vivas e também em cadáveres. “Exames toxicológicos são de suma importância para identificar causas de óbitos e para verificar se uma pessoa estava sob efeito de substância entorpecente ou alcoólica quando praticou algum delito ou estava dirigindo, por exemplo”, explica o presidente do Sindicato dos Peritos Criminais do Estado de São Paulo (SINPCRESP), Eduardo Becker.
O exame de dosagem alcoólica, que é realizado em blitz para verificar a quantidade de álcool que foi ingerida pelo motorista, é o mais comum, mas há diversos outros procedimentos. “Outra análise importante é a que identifica a ingestão de drogas, fármacos e venenos. Por meio dela é possível identificar um possível suicídio”, pontua Becker.
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Análise de substâncias
Os profissionais de toxicologia da Polícia Científica espalhados pelo Brasil não são responsáveis apenas por exames em corpos, mas também por identificar e tipificar substâncias apreendidas.
Em São Paulo, o Instituto de Criminalística (IC) possui diversos laboratórios de análise de drogas espalhados pelo estado e, na Capital, se localiza a unidade com a maior demanda do país. Dentre as operações realizadas, esse laboratório de toxicologia do IC foi responsável por acabar com a “festa da maconha líquida”, que ficou popular nos presídios durante a pandemia (com a proibição de visita aos detentos) e tratava de uma droga que, até então, não estava prevista nas leis como substância ilícita.
“A toxicologia utiliza metodologias já comprovadas cientificamente para identificar substâncias entorpecentes e assim fornecer elementos para a tipificação da conduta criminosa de tráfico de drogas. Além disso, os peritos desenvolvem novas metodologias para identificar as substâncias que vão sendo criadas pelos traficantes”, explica Eduardo Becker.
“Houve um grande avanço na criação de novas substâncias e grupos de entorpecentes, que possuem efeitos similares aos de outras drogas já conhecidas. Isso faz com que surjam novas drogas frequentemente, obrigando os profissionais a estarem atualizados em novos métodos e no que há de mais moderno no mundo do tráfico. A partir de então, a toxicologia trabalha também para identificar essa nova matéria e para que a polícia possa prender os criminosos que estiverem com ela”, completa o presidente do SINPCRESP.
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