Justiça aceita denúncia contra PMs por suspeita de alterar cena de crime em Santos


A Justiça de São Paulo aceitou a denúncia do Ministério Público contra dois policiais militares pela morte de Allan de Morais Santos, ocorrida durante a Operação Verão em Santos, no litoral paulista, em 10 de fevereiro de 2024. Segundo o Ministério Público, os policiais são acusados de alterar a cena do crime para simular um confronto com a vítima.

De acordo com a denúncia apresentada pelos promotores, há indícios de que a cena do crime foi manipulada. As imagens das câmeras corporais dos policiais, que serviram de base para a denúncia, mostram momentos em que as gravações foram bloqueadas. Segundo o MP, os policiais teriam se posicionado de costas para a cena, impedindo a filmagem de momentos críticos, como a suposta colocação de armas e cápsulas na cena do crime.

A denúncia destaca que a pistola atribuída a Allan de Morais Santos aparece nas gravações apenas após ele ter sido alvejado, sem que houvesse registro de que ele estivesse armado no momento dos disparos. Além disso, uma cápsula encontrada no veículo teria sido colocada posteriormente, conforme apontam os promotores.

Segundo divulgado na imprensa, o MP afirma que sete viaturas participaram da ocorrência e parte das viaturas teria sido utilizada para cercar o carro de Allan e bloquear a visão de câmeras no momento em que um fuzil teria sido colocado no porta-malas do veículo.

A denúncia também menciona que as câmeras corporais dos policiais não foram acionadas conforme as normas da corporação, resultando em gravações de baixa qualidade.

O juiz responsável pelo caso determinou o afastamento dos policiais de suas funções operacionais externas.

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