Evento do SINPCRESP reúne lideranças femininas em SP


O Coquetel de Comemoração ao mês da Mulher, promovido pelo Sindicato dos Peritos Criminais do Estado de São Paulo (SINPCRESP), no Hotel Leques Brasil, em São Paulo, reuniu lideranças femininas em suas áreas de atuação, como peritas criminais, médicas legistas, advogadas e sindicalistas, unidas por um objetivo comum: discutir e propor soluções para os desafios enfrentados pelas mulheres na sociedade.

A programação do evento foi planejada para cobrir aspectos fundamentais da experiência feminina, como a independência financeira, a violência doméstica e o assédio moral e sexual.

A juíza do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-SP), Patrícia Almeida Ramos, falou sobre o assédio moral e sexual no ambiente de trabalho. Sua palestra expandiu a discussão para além dos limites físicos do local de trabalho, ressaltando que essas formas de violência podem ocorrer em qualquer contexto e têm implicações profundas para as vítimas. Na palestra ficou claro que as ações do assédio moral e sexual transcendem os limites do trabalho e afetam a vida privada e a família da vítima.

As especialistas em investimentos da Nobel Capital, Khetya Takara, Renata Penzin e Roberta Figueira, fizeram uma palestra sobre independência financeira feminina. Elas compartilharam conhecimentos valiosos sobre a importância do planejamento financeiro para as mulheres. Elas ofereceram dicas práticas para começar a poupar, destacando a necessidade do consumo consciente e do planejamento de curto, médio e longo prazo para garantir a independência e o empoderamento das mulheres.

A violência doméstica, um dos flagelos mais devastadores contra as mulheres, foi o tema da palestra de Jamila Jorge Ferrari, delegada coordenadora das Delegacias de Defesa da Mulher (DDMs) de São Paulo. Jamila apresentou dados alarmantes sobre a violência doméstica, destacando as principais proposições da Lei Maria da Penha e traçou um panorama detalhado do atendimento às mulheres vítimas de violência no Brasil, evidenciando a urgência de medidas interdisciplinares e abrangentes para protegê-las.

Pesquisa
Durante o encontro, a diretoria do SINPCRESP revelou que a entidade iniciará, nos próximos dias, um estudo abrangente sobre assédio sexual, moral e outras formas de violência contra a mulher, envolvendo as peritas criminais sindicalizadas. Este estudo visa oferecer um panorama dos problemas enfrentados pelas servidoras e servirá como base para que o sindicato reivindique ações efetivas à administração da Superintendência da Polícia Científica (SPTC) e ao Governo estadual para coibir práticas que causam prejuízos imensuráveis à saúde física e mental das vítimas. Não há como propor ações contra os tipos de assédios e discriminações sem que existam dados concretos, pois existe uma subnotificação muito grande nas denúncias de violência e assédio. Isso dificulta a elaboração de políticas públicas e de ações eficazes para coibir esses crimes. Realizar essa pesquisa dará subsídios ao SINPCRESP para ter uma dimensão desse problema e para propor soluções à administração da SPTC.

O Secretário-Geral da Federação dos Sindicatos dos Servidores Públicos do Estado de São Paulo (FESSP-ESP), Isaías Celestino, destacou o aumento da participação feminina no movimento sindicalista e ressaltou a importância delas para a luta sindical.

Na avaliação do presidente do Sindicato, Eduardo Becker, é preciso debater essas questões mais urgentes que afetam diariamente milhões de brasileiras. “Mais que isso, precisamos dar voz às mulheres e nos unirmos a elas na luta por uma sociedade mais justa e igualitária. São necessárias mais ações da sociedade civil organizada de conscientização à população de que 'NÃO É NÃO' e que 'cantadinhas' não são aceitáveis no ambiente laboral, como justificativa para a prática do assédio sexual contra as mulheres”, completa.

 

 

 

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