Entidade mantém mobilização em Brasília contra a reforma
A Associação Brasileira de Criminalística (ABC), a qual o Sindicato dos Peritos Criminais de São Paulo (SINPCRESP) é filiado, mantém a mobilização e a negociação com deputados federais, em Brasília, para garantir o direito à aposentadoria especial para a categoria. O presidente da ABC, Leandro Cerqueira, trabalhou até as 22 horas desta quarta-feira (12/06) junto a deputados e ao relator da PEC 6/2019, deputado Samuel Moreira (PSDB), para tentar assegurar os direitos adquiridos pela polícia. “Essa mobilização é fundamental para que a gente possa assegurar os nossos direitos. Essa nova reforma desconsidera o risco inerente ao exercício da nossa profissão e prejudica a família do policial em caso de morte”, comenta o presidente do SINPCRESP, Eduardo Becker.
A luta, que é encampada pela União dos Policiais do Brasil (UPB), da qual o SINPCRESP faz parte, é para manter o regime que vigora hoje e prevê um tempo de 30 anos de contribuição, sem o estabelecimento de idade mínima.
Pelo texto atual da Reforma, para se aposentar de forma integral, os policiais terão que contribuir por 40 anos e obedecer a idade mínima de 62 anos para mulheres e 65, para homens.
Outro ponto que prejudica a categoria é em relação à pensão em caso de morte do policial aposentado. “Hoje o pensionista tem direito a 100% do valor da aposentadoria. Se a PEC passar, a pensão despencará para 50%, mais um adicional de 10% do salário por dependente. É inviável”, pontua Becker.
A mobilização policial acontece também em São Paulo, junto aos deputados estaduais. E prossegue até a votação da PEC. “Desde o começo estamos levando a nossa reivindicação aos deputados estaduais e federais e vamos prosseguir até a votação”, pontua o presidente do SINPCRESP.