Discrepância entre aumentos choca peritos criminais em São Paulo
São Paulo, 04 de janeiro de 2018 – A preocupação com a segurança de seus cidadãos está na pauta diária das autoridades amazonenses. Em um esforço para a revitalização da Polícia Científica do Estado, o governador Amazonino Mendes aprovou a proposta apresentada pelo vice-governador e secretário de Segurança, Bosco Saraiva, e reajustou os salários do peritos criminais do Estado em 42%. Enquanto isso, após longos quatro anos, o governador Geraldo Alckmin, de São Paulo, anunciou com pompas uma irrisória reposição salarial de 4% para a categoria.
“A falta de preocupação do governo de São Paulo com o processo de sucateamento da Polícia Técnica do Estado é alarmante”, diz Eduardo Becker, presidente do Sindicato dos Peritos Criminais do Estado de São Paulo. “O governador diminuiu a verba destinada à Polícia Técnico Científica em aproximadamente de 10%, em comparação a 2017, e nos ofereceu um reajuste pífio, depois de anos sem reposição e com de defasagem salarial de quase 50%”, completa. Hoje, os salários de algumas carreiras da Polícia Civil e da Polícia Técnico Científica do Estado de São Paulo já são os mais baixos de todo o país.
Enquanto isso, o governador Amazonino vai no sentido contrário. Para ele, o aumento do salário dos peritos criminais é parte fundamental dos esforços para a modernização da polícia científica e da segurança pública. Além da proposta de reajuste, a Secretaria de Segurança também investirá em um novo prédio para o trabalho dos peritos e na modernização do Instituto de Identificação, com a digitalização do processo de emissão de RG e Certidões de Nascimento.
Todo o funcionalismo público de São Paulo receberá de 3,5% , a exceção dos policiais que receberão 4% e os professores 7% de reajuste (http://www.saopaulo.sp.gov.br/sala-de-imprensa/release/governo-de-sao-paulo-anuncia-reajuste-salarial-servidores-estaduais/). O valor destinado à reposição da categoria dos peritos criminais é inferior aos 5% de aumento da arrecadação previsto para 2018 e dos mais de 50% de perda de poder de compra enfrentados por estes mesmos profissionais.