Déficit na Polícia Técnico-Científica se acumula desde 2011
Em 7 anos, o governo do Estado de São Paulo contratou 1.159 servidores em diferentes categorias para as fileiras da Polícia Técnico-Científica do Estado. Pode parecer um número expressivo, porém, não chega sequer perto de cobrir toda a deficiência apresentada pela área no combate à criminalidade. A falta de comprometimento afeta até um concurso público realizado há 5 anos, que até hoje não teve todos os peritos criminais aprovados nomeados.
Todas as cidades do Estado sofrem com a falta de peritos criminais e outros profissionais da Polícia Técnico-Científica, comprometendo a Segurança Pública de toda a população. Um exemplo é a região de Franca e Ituverava, que tem um déficit de até 40% no número de servidores, afetando mais de 965 mil cidadãos em 22 cidades. Em todo o Estado, faltam 539 peritos criminais apenas para suprir as vagas disponíveis. De acordo com a ONU, o número ideal é de um perito criminal para cada cinco mil habitantes.
Em nota oficial, a Superintendência da Polícia Técnica Científica informa que, desde 2011, o governo já contratou 225 médicos legistas, 439 peritos criminais, 148 auxiliares de necropsia, 109 atendentes de necrotério, 194 fotógrafos e 44 desenhistas para o Estado de São Paulo. “Este número não é suficiente, e os peritos criminais contratados sofrem com o déficit salarial e com péssimas condições de trabalho, com equipamentos e alojamentos obsoletos e sem a manutenção adequada”, ressalta Eduardo Becker Taglarini, presidente do Sindicato dos Peritos Criminais do Estado de São Paulo.