Criminalidade aumenta em todo o Estado de São Paulo


Enquanto delegacias são fechadas, falta pessoal e o dinheiro para manutenção de instalação de equipamentos é vetada ou contingenciada, a criminalidade não para de aumentar no Estado de São Paulo.

Os exemplos são muitos. O 1º DP da capital, na Sé, experimentou no primeiro trimestre de 2017 um aumento de 22% nos roubos e 31% dos furtos, em relação ao ano anterior. No 2º DP, no Bom Retiro, o número de roubos de veículos dobrou. No 77º DP, de Santa Cecília, os estupros saltaram de 1 para 7.

A Secretaria de Segurança Pública constatou que muitos crimes cresceram no Estado em abril de 2017, na comparação com abril de 2016. O número de latrocínios subiu 28,5%, por exemplo. E o total de estupros subiu 15,1%.

Enquanto os criminosos se sentem livres para circular e agir, os alertas sobre a falta de estrutura da força policial se acumulam. No fim de julho, o Juiz Corregedor da comarca de Campinas, Nelson Augusto Bernardes de Souza, enviou comunicado ao Secretário Estadual da Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho, comunicado informando que as unidades da região estão sofrendo com o mais completo abandono. Já o Ministério Público instaurou um inquérito civil para avaliar as condições precárias do Núcleo de Perícias Criminalísticas da mesma cidade.

Para agravar a situação, o delegado-geral adjunto em exercício da Polícia Civil de São Paulo, Waldir Antonio Covino Junior, pediu em julho que a diretoria elabore um plano de contingenciamento.  Ele chegou a afirmar que a situação da polícia no estado é tão delicada que, sem cortar ainda mais os gastos, a situação pode alcançar um “quadro de absoluta indisponibilidade financeira, até mesmo para amparar despesas essenciais à manutenção de unidades existentes”. Os bandidos agradecem.

Compartilhe: