Candidatos aprovados em concurso para perito criminal encontram o deputado Carlão Pignatari


Foram anos de preparo, de estudo. E agora, já são anos de espera. Quatro anos esperando uma merecida e conquistada nomeação. Entre os aprovados e não convocados do concurso de 2013, indignação e um sentimento gigantesco de injustiça. “Todas as carreiras da Polícia Civil estão sendo zeradas. Para delegados e escrivães, já estão chamando os excedentes do concurso. Enquanto isso, aguardamos a convocação da polícia Técnico Científica há tanto tempo, e sem cronograma”, lamenta uma bióloga aprovada para a carreira de perita criminal no concurso de 2013.

No total são 447 peritos criminais, 65 fotógrafos e 40 desenhistas que aguardam a convocação e é apenas parte desse total foi nomeado. Além disso, ao longo desses quatro anos, muito mais vagas foram abertas, devido a baixas no quadro, entre aposentadorias e afastamentos.

Em grupos de aplicativos de celular e páginas de redes sociais, os aprovados ainda não convocados se unem para discutir as melhores ações. Para Fernando dos Santos Virgílio, também biólogo aprovado para a carreira de perito criminal em 2013, a necessidade é de união. “Sem essas ações afirmativas não teríamos mais nenhuma esperança de ter nossas nomeações pelo Governo de São Paulo. Então, nos unimos e agimos em conjunto, para termos peso”, diz.

A mais recente ação conjunta foi uma reunião dos aprovados com o deputado estadual Carlão Pignatari, na Assembleia Legislativa do Estado, em São Paulo. O Sinpcresp (Sindicato dos Peritos Criminais do Estado de São Paulo) acompanhou a reunião e reafirmou seu compromisso na luta pelo fim da vacância na carreira.

Para o próprio deputado, o sucateamento da polícia Técnico Científica é visível em todos os lugares, inclusive em sua cidade, Jales. Mas Carlão Pignatari é otimista: “O Dr. Mágimo (secretário de segurança pública do Estado de São Paulo) já deixou pessoalmente o pedido para essa convocação junto ao governador Geraldo Alckmin. Acompanhei a reunião e também acompanharei o desenrolar desta situação”.

Enquanto isso, a comissão formada pelos aprovados e não convocados continua na luta. Amanda Pinheiro, também aprovada para perita criminal em 2013, mostra um dos cálculos já feitos pelos profissionais. “Muitos dos profissionais a serem nomeados já são funcionários públicos, então a oneração da folha de pagamento do Estado não pode ser avaliada pelos salários brutos, e sim pela diferença entre carreiras”, explica. A própria Amanda, que espera ser nomeada há quatro anos, já é investigadora da Polícia Civil.

Entre cálculos, ações e reuniões, a luta continua. O Sinpcresp apoia e cobra também do Governo uma rápida nomeação, que ajudará a tão deficitária segurança pública de todo o Estado.

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