Brasil registra queda no número de homicídios, revela FBSP


O Brasil registrou, em 2023, uma queda pelo terceiro ano consecutivo no número de homicídios, conforme aponta o anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (18/7). O país atingiu o menor patamar desde o início da série histórica, em 2011, além de ser a primeira vez, nesse período, em que foram contabilizados menos de 47 mil óbitos.

Em 2023, foram registrados 46.328 homicídios no Brasil, resultando em uma taxa de 22,8 casos para cada 100 mil habitantes. Isso representa uma queda de 3,4% em relação ao mesmo período de 2022. Os menores índices de homicídios em 2023 foram os de São Paulo (7,8) e Santa Catarina (8,9).

Apesar da queda, o Brasil ainda continua respondendo por 10% de todos os homicídios do planeta e, em números absolutos, é o país que mais mata. “O fato de São Paulo ter um dos menores índices do Brasil demonstra que o estado está no caminho certo, mas ainda há muito o que melhorar. É indispensável investir na valorização policial”, comenta o presidente do SINPCRESP, Bruno Lazzari de Lima.

O presidente do SINPCRESP destaca que a perícia criminal desempenha um papel crucial na elucidação de crimes, fornecendo provas científicas e imparciais que auxiliam na identificação dos autores, na reconstituição dos fatos e na garantia da justiça. Para que as forças policiais possam combater a criminalidade de forma mais eficaz, é fundamental investir na modernização de equipamentos, a capacitação de peritos criminais e o desenvolvimento de novas tecnologias de análise. “O investimento na ciência é essencial para elucidar crimes, contribuir para a redução da impunidade e para a construção de um sistema de justiça mais eficiente”, completa Lazzari.

Apesar da redução, a média de 5 assassinatos por hora no Brasil ainda é considerada alta, não apenas em comparação com a média mundial, mas também em relação a outros países da América Latina. “Vencer esse cenário requer uma qualificação maior no combate à criminalidade e isso deve ser feito, também, com o apoio indispensável da inteligência e da ciência”, conclui o presidente do SINPCRESP.

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