IC de Campinas usa metodologia do século passado para reconstituir crime

Apesar dos reiterados pedidos do SINPCRESP para a compra de tecnologia adequada, os peritos do Instituto de Criminalística (IC) de Campinas continuam utilizando metodologias do século passado, como barbante, para desempenhar o seu trabalho. (veja outras notícias clicando nos links a seguir http://sinpcresp.org.br/videos/videos-do-sindicato/eptv-1a-edicacao-policia-civil-de-campinas-fala-sobre-investigacao-do-atentado-na-catedral e http://sinpcresp.org.br/videos/videos-do-sindicato/na-midia-jornal-da-eptv-2a-edicao-sistema-desenvolvido-por-pesquisadores-pode-auxiliar-servico-da-pericia).

Durante reconstituição do assassinato do jovem de 26 anos encontrado morto em um barranco na Avenida Norte-Sul, os peritos tiveram que fechar a via para o trânsito por cerca de 1 hora e meia e utilizaram barbante para traçar a trajetória do projétil. “Há mais de um ano relatamos a necessidade urgente da compra de um scanner 3D para Campinas. Essa falta de investimentos em tecnologia pode levar a erros, já que a perícia está utilizando uma metodologia do século passado, sem a precisão necessária”, afirma o presidente do Sindicato, Eduardo Becker.

A compra do scanner é fundamental para agilizar a realização de laudos, que seriam bem mais precisos. “Isso sem contar na redução dos gastos públicos gerados pela interdição de vias e na redução da exposição a riscos de acidentes a que os peritos estariam sujeitos”, avalia Becker.

A compra de equipamentos adequados permitiria que os servidores fizessem reconstituições virtuais, sem precisar sair da sede do IC. “Com a tecnologia, os peritos poderiam visitar o local do crime várias vezes sem precisar se deslocar”, completa Becker.


Também no ano passado, o SINPCRESP relatou à SPTC a necessidade de utilizar um sistema desenvolvido na Faculdade de Odontologia da Unicamp que simula o impacto de um tiro por meio de computação gráfica. A tecnologia nacional ainda não foi incorporada ao IC. “A vantagem é a precisão que ela vai gerar, tanto defesa quanto acusação poderão utilizá-la e, assim, o julgamento será justo. É tudo o que se busca”, disse.


Fonte: https://globoplay.globo.com/v/8375312/programa/ (acesso em 10/03/2020)

Data: 10/03/2020
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